domingo, 26 de febrero de 2006

YES to baseball, NO to slavery.

From Babalu Blog, we get to know the view from Jose Contreras, cuban pitcher who plays for the White Sox on the american league, on the upcoming World Baseball Classic. This quote resumes very well the cuban reality:

"Some say they know Cuba or have been to Havana, stayed in the nicest hotels and walked around. That's not Cuba. Walk in our shoes. Eat what we eat and get on those crowded buses and live in the homes like we do. Try to spend money and have people not accept it because you are Cuban. I have more money than I dreamed of, but my family cannot spend it in Cuba. You come as a tourist, yes, they will take your money and show you a good time. You live there and have money, they shut doors on you."

Now, just thinking of playing baseball - one of the most fun things one can do - under the supervision of these communist thugs gives me the creeps.

Read the entire article here.

sábado, 25 de febrero de 2006

Bolívar en la Sapucaí

El sambódromo de Rio de Janeiro queda en una avenida llamada Sapucaí. Cuando escuchen a algún brasileño referirse a esta, sabrán que se refiere al sambódromo o al desfile de alguna escuela de samba.

Pues bien, este lunes a las 0230 hora local (0130 hora de Venezuela y 0030 hora de la costa este de Estados Unidos), la Sapucaí recibirá un invitado ilustre. Uno de los precursores de la independencia en suramérica, Simón Bolívar, "desfilará" en la Sapucaí en forma de carroza alegórica, como integrante de la escuela de samba Vila Isabel.

El dudoso homenaje es cortesía de PDVSA - que pagó cerca de 500 mil dólares -, la estatal petrolera venezolana y cochinito (piggy bank) de Hugo Rafael Chávez Frías, golpista y presidente de Venezuela. De alguna manera, el dizque estadista pretende que el desfile con la imagen de Bolívar sirva para difundir su robolución bolivariana.

Creo que habrá más movimiento, a la hora del desfile, en algún sepulcro del Panteón Nacional de Caracas, donde reposan los restos del prócer venezolano.

sábado, 4 de febrero de 2006

Romaria de esquerda

Por Tales Alvarenga, na VEJA.


A esquerda juvenil latino-americana reuniu-se na semana passada em Caracas, no Fórum Social Mundial, o maior encontro de socialistas do planeta. Esse fórum é uma romaria de jovens (e de madurões infantilizados) em busca de um sentido para a sua agenda política. Essa gente não pode mais contar com a espiritualidade religiosa que consolou as gerações passadas. Também perdeu a ilusão no racionalismo econômico do marxismo.

A velha esquerda marxista e o moderno capitalismo propunham a mesma coisa no século passado. Ambos propunham dar o máximo de satisfação ao ser humano. A diferença estava nos métodos. A economia de mercado partia da liberdade individual para criar um sistema que produzisse o máximo de conforto em bens e serviços. O comunismo argumentava que o modelo mais eficiente para chegar à abundância era o planejamento econômico centralizado. Seria preciso começar com uma ditadura, mas isso era irrelevante. No fim, o comunismo proporcionaria mais felicidade para todos.

A economia de mercado ganhou. Em todos os países que adotaram o socialismo (metade do mundo era socialista há poucas décadas), o projeto original desandou em regimes totalitários e pobreza. Sem exceção. O comunismo matou mais de l00 milhões de pessoas. As que escaparam ilesas acabaram na fila do racionamento. Surpresa! A velha esquerda está morta, mas, de seus escombros, surge uma esquerda juvenil revigorada.

Em primeiro lugar, os socialistas do bermudão abandonaram a racionalidade econômica em que se baseou o marxismo. Afinal, já havia ficado claro que fazer contas só serve para desmoralizar ainda mais a utopia do igualitarismo. Em compensação, o projeto esquerdista voltou a incorporar idealizações de pensadores socialistas que antecederam Marx, como a "fraternidade", a "solidariedade", a "vida em comunidade". São idealizações que podem ter apelo num mundo que perdeu o sentido de transcendência para a vida.

A economia de mercado é o melhor sistema apenas para satisfazer as necessidades materiais do ser humano. As necessidades metafísicas não são um problema essencial do projeto capitalista. Para a moderna sociedade industrial e tecnológica, questões como religião, filosofia política, impulso à filantropia ou preferências estéticas são escolhas ligadas à esfera individual, nada que o sistema forneça coletivamente. Perfeito do ponto de vista racional. Aí está, no entanto, a maior fragilidade da sociedade capitalista. A racionalidade não é um atributo das massas. Apenas uma minoria de pessoas tem escala intelectual suficiente para manter vida espiritual por conta própria.

Os socialistas que estiveram no Fórum Social Mundial não se definem claramente em termos ideológicos. Explicam vagamente que combatem a sociedade de consumo, o agronegócio, o neoliberalismo, a globalização, o imperialismo. Não podem dizer a verdade. Seus inimigos são, na realidade, a economia de mercado e sua expressão política, a democracia. São milhões. São antidemocráticos. Não são inofensivos. Um vácuo metafísico facilita seu proselitismo.

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Tales Alvarenga faleceu na sexta-feira 3 de fevereiro. Uma enorme perda para o jornalismo.