domingo, 30 de mayo de 2004

Carter sez

Carter center said the process was flawless, nothing about frauds. Mendoza on TV talking about more than 700k sigs.

Violence

Violent incidents and raids. A sign of desperation from the gov't? A set-up for the next dirty trick? Stick around.

Optimism

TV hosts at Alo Ciudadano can hardly hold their smiley faces. I hope it's indeed a good sign. First results next WED.

sábado, 29 de mayo de 2004

Did my duty

Finally I got to ratify my will of getting rid of Chavez. I hope everybody else does their part. Stick around.

On the line

I am standing on the line waiting to ratify my signature. 20 people in front of me. Process is very slow.

viernes, 28 de mayo de 2004

Boas projeções em Caracas

Em Caracas, as primeiras projeções indicam que, em média, 30% das assinaturas foram ratificadas, isso só no primeiro dia e com clima chuvoso. O sol apareceu por aqui, o que deve ajudar a aumentar o número de assinantes no final da tarde. Amanhã cedo irei ratificar minha assinatura aqui em Valencia.

Estou esperando o próximo truque do governo.

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In Caracas, first projections indicate around 30% of total signatures have been ratified, only on the first - and rainy - day of the process. Sun just showed up, wich will help increase the number of signees at the end of the day. Tomorrow, as early as I can, I'll go and ratify my signature here in Valencia.

I'm waiting for the next dirty trick from the government.

Para refrescar a memória

Se você se interessa pela Venezuela há pouco tempo e têm pelo menos noção do idioma inglês, não deixe de ler as 100 razões para nao acreditar em Chavez, compiladas por Francisco Toro com ajuda de seus visitantes.

Vale a pena só para refrescar a memória e lembrar por quê o queremos fora da presidência.

E não é que eles se superam mesmo?

Engraçado, hoje de manhã, conversando no telefone com uma jornalista do Correio Braziliense, disse a ela que parece que o governo venezuelano sempre têm uma carta na manga, sempre está um passo à frente da população que quer levá-lo a um referendo revogatório.

Pois é, logo depois visitei a página do jornal Miami Herald e pasmem, fico sabendo de mais um truque do governo chavista. O governo "democrático" da Venezuela é dono de 28% da empresa que está desenvolvendo o software que vai ser usado nas próximas eleições. Os responsáveis da empresa alegam que o dinheiro do governo é um "empréstimo". Será que eles acham que nós somos tolos? Ninguém que empresta dinheiro a uma empresa passa a fazer parte da assembléia de diretores. É um absurdo!

Lembro que a escolha da empresa foi feita por apenas três membros do Conselho Nacional Eleitoral. O total da compra foi de US$91 milhões, e os critérios para fazer a escolha nunca foram levadas a público.

Uma notícia dessas em qualquer outro país provocaria um encândalo sem precedentes, mas na venezuela é apenas mais um incidente na lista de coisas incríveis que só acontecem por aqui.

jueves, 27 de mayo de 2004

Jornalistas podem ter cidadania cassada

Pois é, é este o governo democrático que não pressiona nem intimida ninguém. A notícia é do Observatório da Imprensa:
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A Assembléia Nacional da Venezuela decidiu cassar a cidadania de quatro jornalistas e um executivo de mídia do país. Motivo alegado pelo governo: traição à pátria; motivo real: oposição ao governo do presidente Hugo Chávez.

A Associação Inter Americana de Imprensa (IAPA) condenou a medida, que considera um sério ataque à liberdade de imprensa. O presidente do Comitê de Liberdade de Imprensa e Informação da IAPA, Rafael Molina, afirmou que ela "não viola apenas princípios de liberdade de imprensa e acordos internacionais, mas também preceitos constitucionais que estipulam que pessoas nascidas na Venezuela não podem ter sua cidadania cassada".

A referência é feita a dois dos envolvidos na medida: o magnata de mídia Gustavo Cisneros, dono da rede de TV Venevision, e o jornalista Napoleón Bravo, ambos venezuelanos. Os outros atingidos são três jornalistas naturalizados venezuelanos: a espanhola Marta Colomina, o uruguaio Norberto Maza e o cubano Robert Alonso. Informações de Inter American Press Association

Apertem os cintos

Daqui a 18 horas começa a QUARTA recoleção de assinaturas da oposição venezuelana, que tenta acionar o artigo 72 da constituição, que prevê que todos os cargos de eleição popular podem ser revogados depois de passada a metade do mandato do funcionário em questão.

Ninguém disse que seria fácil, sempre soubemos que o caminho estaria cheio de obstáculos, mas parece que por cada armadilha que passamos, o governo se supera e tira da manga mais uma disposição ou regra que só procura baixar a moral da população. Agora mesmo, o governo venezuelano controla a Assembléia, o Tribunal Superior de Justiça, o Conselho Nacional Eleitoral, o Ombudsman, o Procurador-Geral e o Contralor. Mesmo assim, Chavez ainda publica no Washington Post um "Op-Ed" cheio de mentiras, fazendo pose de presidente democrático que é apenas mais uma vítima do imperialismo yankee. Ainda bem que o WP, como o resto da mídia internacional, não se ilude mais com as palavras de Chavez, e publica uma réplica em que aponta os erros e mentiras mais básicos do texto de Chavez. Digo "básicos" porque o editor não se extendeu muito, mas existe material suficiente para fazer um livro com as mentiras e contradições deste governo.

No texto, Chavez diz que foi a oposição que anunciou a renúncia dele. Na verdade, quem o fez foi Lucas Rincon, na época máximo chefe do exército e ATUAL Ministro do Interior. Ele também afirma que "milhões"foram às ruas pedir sua volta. Mentira, ele só foi trazido de volta porque foi negado seu pedido de fugir para Cuba e houve desentendimento entre os militares que promoveram o golpe. Outra mentira: a oposição não é, na sua maioria, da classe alta. Se aqui 80% da população é pobre, como é que Chavez só detem 30% (ou menos) de apoio?

Eu poderia continuar pelo resto do dia, mas prefiro guardar energias para este fim de semana. Amanhã vou "reparar" minha assinatura que segundo o CNE eu não escrevi (tenho a cópia da planilha na minha mão). Aliás, todo mundo têm um amigo, irmão, pai, mãe ou primo cuja assinatura foi roubada ou está sendo intimidado pelo governo. No meu caso, meu irmão e uma tia não têm direito a reparo, minha mãe nem aparece no banco de dados, um primo está sendo intimidado para que va retirar a assinatura porque trabalha num hospital público, e o esposo de uma amiga, que trabalha no ministério de educação, é ameaçado todos os dias com a perda do emprego.

Estarei postando desde o meu celular, no momento do reparo, amanhã ou no sábado.

martes, 25 de mayo de 2004

CNE volta atrás sobre centros de informação

Depois de ter anunciado que poderiam ser instalados centros de informação para os assinantes do referendo revogatório, sempre que estes estivessem a 150 metros do local da assinatura, agora o CNE, por meio de um dos diretores chavistas (Oscar Battaglini), diz que só vão poder ser instalados em lugares fechados.

Já é típico do CNE mudar as regras depois que o jogo começa. No fim-de-semana que se passou, os chavistas tiveram a oportunidade de verificar as assinaturas sem nehum problema. A partir do dia 28, será a vez da oposição, e a mudança da disposição que afeta os centros de informação é apenas a primeira medida (da semana) que procura atrapalhar a coleta de assinaturas daqueles que querem o referendo revogatório.

miércoles, 19 de mayo de 2004

Randy Johnson goes perfect

My brazilian readers (I'm not even sure if I have any) may not know what a perfect game is. Last night, Diamondback's Randy Johnson did something for the 17th time since late 19th century: he pitched a perfect game. Altough it was against my team, the Atlanta Braves, I couldn't let it pass me by. I watched history at its making last night. It was one more incredible feat by one of the best pitchers in baseball history.

I'm not sure how to explain what a perfect game is for a non-baseball fan. I guess it's like if, in a soccer game, you didn't let the opposing team cross the midfield line. Not a perfect comparision, but what the hell...

A "invasão" da Venezuela

Esperei mais de uma semana para postar sobre os paras, procurando evitar qualquer julgamento mais apressado. Aqui vai.

O governo alega ter "descoberto" no domingo 9/05, um plano para a tomada de Fuerte Tiuna e Miraflores (o maior quartel militar do país e o palácio presidencial, respectivamente). O plano seria executado por mais de 100 paramilitares colombianos, que o governo alega terem sido trazidos ao país pela oligarquía colombia,a a venezuelana e floridiana, formando assim um eixo Bogotá-Caracas-Miami que procura a saída de Chavez pela força. Na hora, Chavez e seus acólitos acionaram a metralhadora giratória numa espécie de competição pra ver quem acusa mais opositores ao governo. Os objetivos das acusações foram a oposição venezuelana, a classe alta, a oligarquía colombiana, a CIA, Bush, Alvaro Uribe, Gustavo Cisneros, a mídia, etc. Acontece que a tal da descoberta deixou algumas dúvidas nos mais céticos, vejamos:

1) Os paramilitares vestiam uniformes novinhos em folha, depois de ter passado, segundo o governo, 45 dias treinando. Os uniformes eram do exército da Venezuela. Quem têm acesso a esses uniformes? A oposição? A CIA? Bush?
2) Não foi encontrada, até agora, uma só arma. Os paramilitares estavam "treinando" para tomar um quartel militar, sem armas.
3) Os paramilitares foram detidos, na verdade, pela Polícia Metropolitana e pela Polícia de El Hatillo, ambas comandadas por prefeitos da oposição. Estas detenções estão gravadas em vídeo, mas o governo até agora nem reconheceu isso. Foi a PM que chamou a Guarda Nacional e a Polícia Política (DISIP). Os chavistas preferem manipular a informação dizendo que "fatores" da oposição estariam envolvidos.
4) A descoberta foi um dia depois da oposição ter realizado um simulacro do processo de verificação das assinaturas do referendo revogatório. Será que os chavistas se apavoraram com o sucesso da oposição e decidiram adiantar a montagem dos paras? O que fica da pressa é o cansaço, e os erros.
5) A fazenda em que estavam os paras não têm água. Como foram mantidos mais de cem pessoas por 45 dias numa fazenda sem água? Mandavam os uniformes para a lavanderia no shopping?
6) A "prova" apresentada pelo ministro do interior, Lucas Rincon (aquele mesmo que disse que Chavez tinha apresentado a renúncia em Abril de 2002), é a compra de 300 cachitos (sanduíches com presunto) numa padaria da zona leste de Caracas. Por isso agora o episódio é conhecido como "Bahía de Cachitos".
7) Dez dias depois do episódio, o governo ainda não disse quem é responsável.
8) O motorista de um dos ônibus em que os paras eram transportados chama-se Fidel Castro. Não têm nada a ver, mas é engraçado.

Estive semana passada em Bogotá e todas a pessoas me perguntaram se eu achava a mesma coisa que eles, que tudo não passava de uma montagem, um truque. Os chavistas só conseguem enganar a si mesmos.

sábado, 8 de mayo de 2004

Shocking news: Jorge Rodriguez was actually telling the truth

You guys recall when CNE de facto president Jorge Rodriguez said "most of the invalid signatures were declared so because they had the con-man fingerprint (huella del estafador)"??

Well, according to CNE data, the signee whose cédula is 4258228 was rejected because there's an error on the fingerprint.

Said signee is Hugo Rafael Chavez Frias. Check it out yourself at CNE website.

Who said Jorge Rodriguez wasn't honest?